Bad Boys para sempre

8/12 · Por HBO

Will Smith e Martin Lawrence estão de volta nesta nova edição dos policiais rebeldes, Bad Boys para sempre. Um filme de comédia de ação para se divertir.

Bad Boys para sempre, um filme com Will Smith

Will Smith é um cara legal, agradável, fácil de se gostar. Ele é como aquele amigo que entra na sua casa, pega uma fruta ou uma cerveja na cozinha, começa a dizer coisas engraçadas e você ri. Pelo menos esta é a impressão que temos dele.

Ele vai a jogos de basquete, se veste como um rapper (porque é um rapper), passeia pelo Vidigal no Rio de Janeiro, cumprimenta um menino em português e posta vídeo da favela carioca nas mídias sociais. Essa simpatia vem talvez dos dias de Um Maluco no Pedaço, a série de televisão histórica dos anos 90. A história do seriado poderia ser uma analogia com sua vida pessoal: seu personagem era um garoto humilde, sem pretensões na vida, rapper, malandro, mas boa gente, que vivia entre milionários. E é isso que ele é: um simples garoto que teve sucesso, embora suas origens não sejam extremamente humildes. Seu pai era técnico de refrigeração e sua mãe era uma das administradoras do conselho escolar da Filadélfia. Apesar de ter tido notas ótimas e poder ter ido para uma universidade de ponta, aquele garoto inquieto e criativo preferiu a música, o rap.

Essa imagem pública de Smith serviu como uma estratégia para contrastar com seus papéis no cinema. Por um lado, ele desenvolveu alguns papéis dramáticos nos quais é geralmente apresentado como um homem bondoso que luta contra os altos e baixos da vida ou pela redenção, como nos famosos À Procura da Felicidade (2006), Sete Vidas (2008), Um Homem entre Gigantes (2015) ou Beleza Oculta (2016). Desde os seus primeiros dias no cinema, Smith tem perseguido esses papéis de alto calibre. Com Seis Graus de Separação (1993), seu terceiro filme, ele foi considerado um jovem ator promissor. Até agora, sua conquista mais notável nesta veia dramática veio em 2001 com o filme Ali, onde ganhou cerca 16 quilos de peso para poder interpretar o lendário campeão mundial de boxe Muhammad Ali.

Smith foi indicado diversas vezes aos prêmios Globo de Ouro e ao Oscar de melhor ator por suas atuações na série e em alguns dos filmes já mencionados. Conquistou muitos prêmios Grammy como rapper. Recebeu diversas indicações aos prêmios Nickelodeon Kids' Choice e ganhou 11 deles em diversas categorias: ator de TV favorito, ator de cinema favorito, voz favorita em filme de animação, cantor favorito, canção favorita, música favorita de cinema, Wannabe e Hall da Fama. Sem sombra de dúvida o Will tem um carisma que atinge todas as idades, toda a família.

De alguma forma, ele nunca deixou de ser o garoto que se mudou para Bel-Air, porque seus outros papéis, mesmo os de ação, parecem derivar do seu personagem em Um Maluco no Pedaço. É como se aquele magricela tivesse malhado muito a ponto de se tornar um cara duro capaz de evitar os piores perigos, tanto no presente quanto no futuro. Talvez, por causa de suas boas vibrações,  Will mereça viajar de volta no tempo. Mas para isso é preciso ser treinado e, de vez em quando, até mesmo ter um pouco de humor.

Will trabalhou em vários filmes de ação e comédias, como as séries de filmes MIB-Homens de Preto (1997, 2020 e 2012), Hancock (2008) ou As Loucas Aventuras de James West (1999). Ele também atuou em filmes em filmes de ficção científica, como Independence Day (1996), Eu, Robô (2004), Eu Sou a Lenda (2007), Esquadrão Suicida (2016) e Projeto Gemini (2020). Continuando com o elemento da comédia, está a trilogia Bad Boys.

 

Bad Boys, o lugar perfeito para a ação, a comédia e o policial amigo

O primeiro filme, Os Bad Boys, é de 1995 e foi um sucesso de bilheteria graças a essa carga explosiva de ação, suspense e comédia, tudo encaixando no gênero policial amigo: o tipo de filme onde dois policiais trabalham juntos, apesar de suas diferenças, a fim de resolver um caso criminal. São geralmente filmes de ação ou thriller, mas também filmes de comédia. Podemos trazer aqui exemplos clássicos como Máquina Mortífera com Mel Gibson e Danny Glover, A Hora do Rush com Jackie Chan e Chris Tucker, 48 Horas com Nick Nolte e Eddie Murph ou mesmo Seven: Os Sete Crimes Capitais com Brad Pitt e Morgan Freeman, entre outros.

Neste caso, a dupla é composta por Martin Lawrence (Um Tira muito Suspeito), um renomado comediante, e Smith, um cara durão, mas com carisma e um excelente ator de comédia. Na direção temos Michael Bay, que começou sua carreira como diretor de vídeo e música comercial, estreando seu primeiro longa-metragem. Mais tarde, Bay seria o homem da ação nos anos 90 e no início dos anos 2000: ele faria A Rocha (1996), Armageddon (1998), Pearl Harbor (2001), entre outros. Em 2003, voltaria a dirigir a conhecida dupla de policiais em Bad Boys II.

Entretanto, dezessete anos depois, Bad Boys para Sempre (Bad Boys 3) chega até nós com outros diretores: Adil El Arbi e Bilall Fallah, dois diretores belgo-marroquinos que têm feito bons filmes de ação europeus desde 2014, tais como, Image (2014), Black (2015) e Patser (2018). A dupla, conhecida como Adil e Bilall, conseguiu atrair a atenção nos festivais europeus misturando em seus filmes a ação e o drama de pessoas das periferias, marginalizadas por sua raça ou cultura. Por conta dessa mistura, chegaram em Hollywood com Bad Boys para sempre.

Miami é mais uma vez o centro das operações dos garotos, que agora, após tantos anos, estão aposentados. Parte da ação também acontecerá no México e o tráfico de drogas aparecerá novamente. Desta vez porém, o tema está centrado em alguns relatos passados que levarão a uma vingança. Joe Pantoliano (Família Soprano) está de volta como Capitão Conrad Howard. A trama também conta com a atuação de Jacob Scipio, as mexicanas Kate del Castillo e Paola Nuñez, e o cantor de reggaeton Nicky Jam. A propósito, Michael Bay também aparece no filme!

Assista Bad Boys para sempre, com Will Smith e Martin Lawrence, a partir de dezembro, na HBO e HBO GO.

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